Quatro em cada dez micro e pequenos empresários do varejo e do setor de serviços pretendem investir em seus negócios nos próximos três meses.
A constatação é do Indicador de Demanda por Crédito e Investimento, calculado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), considerando 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.
O levantamento apontou ainda que 54% dos entrevistados disseram que a finalidade do investimento será o aumento das vendas. Outros 35% dos empreendedores desejam investir para atender o crescimento da demanda, enquanto 23% visa adaptar o negócio a uma nova tecnologia. Para isso, os recursos devem ser direcionados para a compra de máquinas e equipamentos (30%), ampliação dos estoques (25%), divulgação em mídia e propaganda (21%) e reforma da empresa (19%).
Quanto à origem dos investimentos, o indicador da CNDL / SPC Brasil aponta que a maioria vai usar capital próprio, principalmente recursos guardados (56%). Outros 9% disseram que deverão optar pela venda de algum bem, e 20% mencionam recorrer a empréstimos em banco ou financeiras.
A propósito da contratação de empréstimos, sete em cada dez (70%) descartam a possibilidade de contratar crédito. Apenas 12% dos empresários afirmaram ter intenção de tomar crédito, enquanto 18% ainda não sabem. Um total de 47% disseram que irão recorrer a empréstimos, 25% a financiamentos e 12% ao cartão de crédito empresarial.
O fato de conseguir manter os negócios com recursos próprios é o principal motivo para aqueles que dizem não ter a intenção de contratar crédito (41%).
Medida para tomar a decisão certa
Não importa o tamanho da empresa. Tanto no caso de decidir sobre novos investimentos como na opção de recorrer a empréstimos bancários, o empreendedor não pode abrir mão do suporte de uma assessoria contábil. Isso porque são decisões importantes e que se forem tomadas por impulso podem gerar dívidas e acarretar prejuízos.
Muitas vezes, uma empresa contrai um empréstimo sem ter necessidade real disso. Uma melhor gestão financeira e tributária, com um planejamento eficiente, pode ser a solução para que o fluxo de caixa permita investir de modo correto. Em alguns casos, não é que faltem recursos. Os recursos é que são mal gerenciados. Além disso, há o erro de investir naquilo que não impacta na lucratividade, no aumento de vendas e receita. Por exemplo, o dinheiro que poderá ajudar na compra de uma máquina, é usado como capital de giro porque a conta do dia a dia não fecha.
Da mesma forma, para investir, o apoio da assessoria contábil também é essencial. O contador poderá gerar subsídios para ajudar na definição sobre quanto poderá ser investido, bem como no cálculo do ROI (Retorno sobre o Investimento). Assim, a empresa pode ter maior certeza se vale ou não a pena fazer o investimento.