Atrair investidores e ter acesso a financiamentos é um dos grandes desafios enfrentados pelas startups. É preciso se preparar para atender todas as exigências e garantir o recebimento do dinheiro.
Os baixos custos iniciais estão entre os diferenciais de uma startup. É preciso pouco investimento para começar, mas não para expandir o negócio, aumentar produção ou expandir o mercado. Por isso, a opção de recorrer a recursos externos à empresa. Não por acaso, existem fontes variadas de investimentos e financiamentos e antes de saber como se preparar para conquistá-los, confira as principais fontes de recursos para startups, com base em informações compartilhadas pelo Sebrae.
Fontes de recursos para startups
Investidor-anjo: Também chamado de sócio-investidor, apoia projetos em fase inicial e costuma ser experiente e bem-sucedido e ajuda a startup a dar certo também com dinheiro e com sua visão sobre tendências e oportunidades do mercado.
Capital semente: É o momento inicial em que o investidor-anjo coloca dinheiro na empresa dinheiro suficiente para os primeiros passos do negócio.
Venture capital: É a modalidade de financiamento de empresas baseada na troca de participação societária, o que implica em responsabilidades para investidores e empreendedores. Os recursos são aplicados em startups que já tenham testado seus produtos/serviços e estão prontas para crescer.
Investimento coletivo (crowdfunding): O objetivo é reunir diversas pessoas que possam colaborar com pequenas quantias para viabilizar o projeto, independentemente de receber uma contrapartida por isto. É uma forma rápida e relativamente simples de captar dinheiro.
Subvenções, editais e bolsas: São incentivos fiscais (facilitação ou isenção do pagamento de impostos) fornecidos por entidades de apoio aos empreendedores, em especial os que possuem negócios inovadores e de base tecnológica.
Existem, portanto, diferentes fontes que podem ajudar financeiramente uma startup em seus diferentes estágios de desenvolvimento e crescimento. E é possível que os empreendedores possam se beneficiar de múltiplas fontes e não apenas de uma. Por exemplo, nada impede de contar com dinheiro de um investidor-anjo e também de subvenções como as oferecidas por entidades como a Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina), que possui programas dedicados a apoiar financeiramente negócios inovadores.
Agora, o que é preciso fazer para se candidatar a qualquer uma dessas fontes de dinheiro? Confira a seguir.
Prepare sua startup para investimentos e financiamentos
Reunimos abaixo as principais ações que a startup deve realizar para estar preparada para pleitear dinheiro de terceiros visando o desenvolvimento do negócio.
Formalização adequada
A startup deve se preocupar em estar com toda a documentação legal não só em dia, mas também adequado ao que pretende desenvolver. O contador tem papel fundamental nisso ao ajudar a definir questões como qual será a natureza jurídica do negócio e qual será o capital social da empresa.
Outro ponto importante que a assessoria contábil deve ser consultada é em qual modalidade tributária a startup deve se adequar. Isso é um ponto relevante e que influencia diretamente nos resultados financeiros. O profissional de contabilidade tem condições de analisar qual a melhor tributação.
No caso de optar pelo Simples Nacional, por exemplo, deve-se verificar qual o CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) se enquadra melhor no que a startup pretende oferecer. A escolha errada pode dificultar no futuro a conquista de financiamentos especialmente aqueles mais específicos e concedidos por entidades públicas.
Organização financeira
Qual investidor irá colocar seu dinheiro numa empresa que tenha um produto inovador, mas não tenha gestão financeira? Certamente, nenhum. Como muitas startups são comandadas por empreendedores jovens, muitos em sua primeira iniciativa como donos de negócio, a inexperiência pode ser um empecilho para quem planeja buscar investidores.
Por isso, o suporte de uma empresa de contabilidade pode colocar as finanças em ordem a começar pelo contrato do dia a dia de pagamentos e recebimentos. Erros comuns como misturar conta pessoal do dono e conta jurídica da startup são evitados.
Mas o mais importante é que a assessoria profissional na gestão financeira também abre horizontes a partir da organização do fluxo de caixa. Assim, a startup pode projetar seu futuro desde o quanto tem para investir por conta própria e quanto precisa buscar junto investidores – e tudo comprovado por relatórios e demonstrativos.
Plano de negócio
A elaboração do plano de negócio é uma premissa básica na concepção de uma startup. Mas está longe de ser uma obrigação. Deve ser encarado como um farol, com objetivos e projeções o mais próximo da realidade possível para que impressione investidores positivamente. Se já possui um plano de negócio, leia e releia e confira as informações. Avalie as projeções de receita, de investimento e de retorno sobre investimento.
O uso do Canvas, cada vez mais popular entre os empreendedores, tem grande importância para ajudar a “clarear” o que a startup projeta realizar e, principalmente, sua proposta de valor. A visualização permitida pelo Canvas do negócio como um todo terá grande importância no momento de apresentar a startup para futuros investidores.
Apresentação e demonstração
Tudo o que está destacado acima serve de base para o pitch ou apresentação do negócio para investidores ou para participar de editais de financiamentos. Prepara o empreendedor para defender seu projeto e estar pronto para os questionamentos que possam surgir. Acrescenta-se a isso informações sobre estratégias de marketing e vendas e conhecimento do mercado e dos concorrentes.
O ponto alto da apresentação ocorre quando a startup destaca o estágio de desenvolvimento em que se encontra o projeto ou serviço. E com isso, o empreendedor apresenta que tipo de investimento procura, que tipo de relação está disposto a manter com o investidor, qual valor pretendido/projetado e que necessidade pretende atender (concluir projeto, aumentar produção, abrir mercado, investir em marketing…).